22 de janeiro de 2013


Esta é uma carta para vocês, Amigos e Amigas da comunidade italiana:

Quando votamos, desejamos que nosso candidato possa nos representar com dignidade. Melhor ainda será votarmos em alguém que possa compreender nossas vontades e lutar por elas.

O período das eleições ao parlamento da Itália para eleitores que moram no exterior, será entre os dias 4 e 21 de fevereiro de 2013. Você poderá escolher 2 (dois) candidatos a senador e 2 (dois) candidatos a deputado do mesmo partido. A cédula de votação será enviada para sua casa por correspondência. Até o dia 21 de fevereiro de 2013 os votos devem estar no consulado.

Sou CLAUDIA ANTONINI, do PARTIDO DEMOCRATICO e é a segunda vez que concorro ao cargo de deputado, pela seção América do Sul. Nas últimas eleições, em 2008, minha candidatura recebeu 10.509 votos. Uma marca expressiva, mesmo com a greve nos Correios durante aquele pleito pois o candidato eleito pelo meu partido obteve 17.000 votos.

Minha história é a mesma da maioria dos italianos nascidos aqui, ou seja, a de 95% dos eleitores. Nasci no seio de uma família italiana, com todas as suas peculiaridades. Vivi na capital gaúcha a vida do italiano urbano, mas também a do italiano rural. Tínhamos um comércio e ainda uma grande horta, pomar, animais. Fazíamos vinho, sabão e marmelada no pátio, perseguíamos galinhas, roubávamos pedaços da massa que a nonna preparava todo santo dia. Vivi como vivem as crianças, sem ter consciência de que aquele meu mundo era muito especial, que nossa família era diferente, que nós eramos italianos!

Aos 22 anos me formei e senti aquela vontade que sente todo jovem: a de ganhar o mundo! Minha referência fora daqui? A Itália.

Minha família é como a de vocês, feita de princípios, valores, superação e muito, muito trabalho. Trabalhei e economizei durante toda a faculdade, fui sozinha para a Itália reencontrar minha alma e tocar com a mão tudo o que tinha se traduzido em cotidiano para mim. Vivi primeiro como estudante estrangeira, sem pedir para reconhecerem minha cidadania, aliás, nem pensava nisso. Depois, com as dificuldades do dia a dia mudei de ideia. Passei bastante trabalho, me senti perdida, fui mal tratada, mas não desisti.

Quando voltei para o Brasil, depois de sete anos de estudo e trabalho na velha bota, fui assediada por pedidos de ajuda de todos os lados. Trabalhei em patronato, atendendo os nossos aposentados e lidando com os obstáculos que lhes eram impostos para que alcançassem seus direitos; trabalhei em cursos de italiano e em projetos culturais e profissionalizantes. Convivi com jovens que foram privados, como eu tinha sido, de viver na plenitude os seus direitos e de concretizar seus sonhos.

Há 17 anos sou tradutora pública e pesquisadora. Presto assessoria em meu escritório ao lado do consulado de Porto Alegre aos que, querendo ver seus direitos contemplados, esperam anos e anos em filas ilegais. Ensinei didaticamente em jornais da comunidade os passos para driblar a burocracia que nos impunham e denunciei as ilegalidades não com suposições mas com a letra fria da lei.

No trabalho de intérprete e como sócia da Câmera de Comércio Italiana, aprendi muito sobre as ligações entre Brasil e Itália. Vi, a cada reunião entre as empresas italianas e brasileiras, o quanto temos para trocar, como podemos compartilhar processos virtuosos e melhorar reciprocamente. Perdemos ambos não intensificando estas relações.

Sou impulsiva e inquieta, passional como todo o italiano, e paguei do meu próprio bolso para poder comparecer a reuniões dos consulados e embaixada a fim de apresentar meus pedidos. Além de mim, estavam só os que tinham suas despesas ressarcidas. Diferentes de mim, não estavam ali por ter abraçado uma causa.

Agora, todos falam em ilegalidade, mas antes ninguém ousava pronunciar esta palavra numa reunião. Reclamavam que havia uma fila de sete anos mas já justificavam que infelizmente não havia pessoal para atender a demanda... Muitos já me disseram que devo parar com isso pois as filas acabarão assim que os EUA liberarem o visto para os brasileiros. Acho um absurdo. O motivo? O motivo é que eu vivi meu resgate, eles não. Eles nunca saberão como é bonito e emocionante o processo de readquirir parte de sua identidade e como nos fortalece.

Sei que estão errados. Quem diz isso não buscou sua história, não chorou de emoção com outro descendente quando este descobriu de qual pequena cidadezinha italiana veio seu bisavô italiano. Eu convivo diariamente pessoas que, nascidas aqui, têm a Itália em si, mas tiveram que reconstruir seu passado com esforço. Já auxiliei mais de 4 mil famílias de descendentes que hoje são cidadãos italianos.

A lei prevê apenas 240 dias para que o consulado atenda pedidos de cidadania. Na Argentina, esse problema não ocorre. Dos quatro deputados e dois senadores que a América do Sul escolhe ao parlamento italiano, cinco são do país vizinho. Precisamos estar representados em Roma. Isso só vai mudar com tua participação.

E a briga não é só pela fila, mas pelos os italianos já reconhecidos que têm que implorar pela emissão de um passaporte, um carimbo no diploma ou uma informação correta.

Então, votem para que nossa voz seja ouvida.

Prometo que vou cuidar da casa, da família, do aposentado idoso, dos nossos filhos e também vou cuidar dos negócios, afinal é isso que nós mulheres fazemos todo o dia, é um papel difícil com o qual estamos acostumadas. Cuidar de todos os interesses, brigar com unhas e dentes por cada um deles como se fosse único e fazer com que esta realidade mude, assim como mudou o papel da mulher na sociedade.

Peço seu voto porque hoje lugar de mulher é na política! Teu apoio é fundamental nessa eleição. Brasil e Itália precisam estar de mãos dadas. Conto contigo para que família ítalo-brasileira seja representada como merece aqui no Brasil. Venha com a gente.

Un strucon!

Claudia Antonini

Para deputada, vote ANTONINI do PARTIDO DEMOCRATICO.

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