22 de setembro de 2009

Onde andam os candidatos “brasileiros” da lista "Associações Italianas na América do Sul"?

Hoje um é réu na fraude que lesou em milhões o parlamento do Rio Grande do Sul, e o outro que depois das eleições eclipsou-se do cenário local onde andará?

Veja a matéria traduzida diretamente do jornal “Repubblica”:
http://roma.repubblica.it/dettaglio/andrini-mi-massacro-alemanno-ci-ripensi/1709573


Nomeado pelo prefeito de Roma, Alemanno, como administrador da Ama Servizi Ambientali.


Indignação das vítimas do raid neofascista.
Pedido de explicações do PD.
E a manifestação do prefeito: "Já se reabilitou"

«Esta nomeação é uma gozação para mim e para todos: reenviem à casa os "ex" nazistas como Andrini». Vinte anos atrás, em 1989, Giannunzio Trovato estava «extendido na entrada do cinema Capranica com vários jovens que seguiam batendo nele», como contou uma testemunha no interrogatório do processo que condenou Stefano Andrini a 4 anos e 8 meses por tentiva de homicídio. Não é suficiente, a indignação pela nomeação de Andrini como administrador da Ama Servizi Ambientali.

Aquele sentimento expressado ontem por Andrea Sesti, a outra vítima que também acabou no hospital com o crânio fraturado pela “violência e a repetição dos golpes” que provocaram a perda de massa cerebral, não é suficiente: “A indignação – diz – é um sentimento bom para uma nota. E o choro da vítima me horroriza tanto quanto o poder de quem a constringe a permanecer como tal. Estou furioso, isto sim. A raiva dura uma vida, se transforma e se adapta às situações, mas não deixa esquecer. Andrini tem um curriculum de arrepiar».

Trovato, que hoje è operador de um centro de deficientes, pede uma reação forte: «É uma ocasião para levantar um coro de indignados “vade retro” de uma esquerda desorientada. Estas pessoas, este governo... nos o quisemos com as nossas escolhas e com os nossos medos. Recomecemos nós mesmos, só assim mandaremos para casa os "ex" nazistas como Andrini e os ex fascistas como o prefeito Alemanno».

E segue crescendo a onda de protestos pela nomeação de prestígio do ex naziskin, preso também por uma agressão em 1994 e encontrado com uma pistola e um soco inglês em casa. Ele è bem conhecido pela divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais da Polícia Italiana: num informativo de 2007 ela cita-o como autor do site dos Irredutíveis definindo-o «o conhecido Stefano Andrini, connhecido pela sua presença e militância nos grupos de extremissima direita».

Umberto Marroni, do PD, pede a intervenção de Alemanno: «Se mobilize para a revogação de uma nomeação inoportuna e inadeguada». Mas de Lourdes o prefeito responde: «Não me cabe, seria ilegítimo. Existe a autonomia do CDA da Ama, e não esiste motivos concretos para fazê-lo. Andrini reabilitou-se amplamente. Pedi explicações, mas eles deram e eu estou ciente. Panzironi me disse que nestes meses demonstrou uma grande eficiência gerencial».
(La Repubblica, 03 de setembro de 2009)

Veja também:
http://www.emigrazione-notizie.org/news.asp?id=4591 de 15 de março de 2008


O senador italo argentino candidata o neofascista Stefano Andrini, condenado em 1989


Volta aos velhos amores, Luigi Pallaro, «o homem vertical», o velho amigo de Mirko Tremaglia. Sem freios, depois de se libertar da ala mais progressista liderada pelo seu ex companheiro de chapa em 2006 Ricardo Merlo que hoje corre sozinho numa competição com o centro esquerda, o potente líder do empresariado italo-argentino apresenta na sua chapa uma dupla arrepiante: Stefano Andrini e Adriano Bonaspetti, almas negras de Porto Alegre, Brasil. Nos sites destes indicam votar no primeiro para a Câmara e no segundo para o Senado.
Adriano Bonaspetti, 73 anni, na América do Sul è também chamado de «Malaspetti». Presidente do Comites (Comite dos Italianos Residentes no Exterior) local, está sendo investigado no estado do Rio Grande do Sul por fraude, tendo sido acusado de obter com a juda de um cumplice selos adquiriso pelo parlamento brasileiro par uso exclusivamente interno, e tê-los usado durante a campanha eleitoral de 2006.
Mas é Stefano Andrini a figura mais negra com um curriculum que se caracteriza pela permanência nos últimos 20 anos com a extrema direita italiana. Finge-se de defensor dos italianos no exterior tendo a dupla cidadania – casou-se com uma brasileira – mesmo que passe a maior parte do tempo em Roma. Pallaro é um meio para chegar ao parlamento.
Andrini inicia cedo sua atividade política, acompanhado do gêmeo Germano. Na metade dos anos 80, jovens, fazem saltar um coletivo - e nome di uma transmissão da Rádio Onda Vermelha – próxima aos estudantes da Autonomia Operária. São afastados, como recorda um “companheiro”, “pela violência excessiva e pela ambiguidade». Desde 1988 os gêmeos começam a frequentar o recèm nascido movimento skinhead de extrema direita que redescobre os ideais nazistas. A polícia no mesmo ano assinala uma passagem deles na cidadezinha alemã de Wunsiedel, durante uma comemoração para Rudolf Hess, delfim do Hitler. Em Roma frequentam os naziskin da Piazza di Spagna e as agressões a migrantes e «zecche» se tornam rotina. Aos 10 de junho de 1989 exageram: junto a outros agridem fora do cinema Capranica com barras de ferro dois jovens, Andrea Sesti (que entrará em coma) e Giannunzio Trovato.
Identificados, os Andrini são imediatamente denunciados, mas durante o processo judiciário, conseguem deixar a aitália e ir para a Suécia. São deportados depois de 3 meses e condenados à 4 anos e 8 meses por tentativa de homicídio e lesões graves. Entre a condicional e a pena, ficam pouco tempo na prisão. Depois de sair o comportamento deles não muda. Se aproximam primeiro da facção skin do Movimento político, grupo fundado por Maurizio Boccacci, e depois militam na Alternativa Nazional Popular de Stefano Delle Chiaie, a direita elitista. Dizem que neste últimos Stefano Andrini também tenha “visitado” a Croácia para apoiar os «nacionalistas» Ustasha. Em 1994 torna-se chefe de redação do jornal de Della Chiaie «Spina nel Fianco», não parando nunca de promover os confrontos. No mesmo ano, de fato, com Germano ataca a pedradas uma iniziativa universitária dos grupos de esquerda. Os gêmeos são denunciados por violência e durante a revista da casa destes a polícia encontra uma pistola calibre 22 e material louvando o fascismo. Daquele momento em diante desaparecem da cena política. Por outro lado se atenua a atividade de toda a extrema direita.
Stefano Andrini reaparece em 2000 junto a Tremaglia, trabalha com ele até 2006. É uma "outra pessoa", mas só até certo ponto. O site dos “ultras de direita” da Lazio “Irriducibili” esta no nome de Stefano e este foi membro da polisportiva romana Luditur, que è conhecida como time fascista romano. Enfim, se tivesse sido eleito seria um neofascista a mais no Parlamento.