O Presidente do Comitê dos Italianos no Exterior do RS, Adriano Bonaspetti, o Conselheiro, Francisco Morelli, e dois organizadores da campanha eleitoral de Bonaspetti ao parlamento italiano, Santa Izabel Paludo e Sérgio Jaeger Júnior, são réus na "Fraude dos Selos".
A 4ª Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, decidiu, sexta-feira última, aceitar as denúncias criminais contra Macalão e outros 11 envolvidos na fraude que lesou a Assembleia Legislativa do RS em pelo menos R$3 milhões.
O ex-diretor da Assembleia Ubirajara Macalão responderá por crime contra a Administração Pública, falsa identidade, peculato, omissão e falsificação de documento público. Além dele são réus:
-Adriano Bonaspetti (peculato)
-Claiton Costa Alves (formação de quadrilha, falsidade ideológica e peculato)
-Francisco Morelli (peculato)
-Kalil Sehbe (peculato)
-Mauro Rocha da Silva (formação de quadrilha, falsidade ideológica)
-Paulo Brum (peculato)
-Paulo Bittencourt (formação de quadrilha, falsidade ideológica)
-Santa Izabel Paludo (peculato)
-Sérgio Jaeger Júnior (peculato)
-Silvio Luiz Ungaretti (peculato)
-Vilmar Scheffer (formação de quadrilha, falsidade ideológica, falsificação de documento público e peculato)
Além de lesar a Assembléia Legislativa do RS a fraude teve grande efeito na comunidade italiana do Rio Grande do Sul que, nas campanhas eleitorais para o Comitê dos Italianos no Exterior de 2004, Eleições ao Parlamento Italiano de 2006 e Eleições ao Parlamento Italiano de 2008, recebeu, com estes selos, ampla correspondência do cantidato e de seus apoiadores.
Importante salientar que o voto dos italianos no exterior é feito exclusivamente por correspondência, portanto, há muita relevância na estratégia das campanhas a facilitação do acesso a este meio de propaganda. Este é, sem dúvida, o item mais custoso das campanhas já que, a comunidade italiana, está disseminada em todo o interior do estado e está habituada a receber as comunicações por meio postal.