17 de fevereiro de 2008

1. Buscando Informações com os familiares

Existe uma condição básica, segundo os consulados italianos, para começar um processo: antes de iniciar o recolhimento dos documentos necessários, é indispensável conhecer exatamente o local de nascimento, na Itália, do antepassado que poderia transmitir a cidadania italiana.

Às vezes, descobrir a origem do antepassado é muito difícil, pois não basta apenas saber a Província ou Região (Estado) de origem.

O distanciamento do país de origem, o isolamento das colônias italianas no interior das regiões, a simplicidade dos imigrantes, em grande parte analfabetos, as perseguições durante a 2ª Guerra Mundial - que os fazia esconder documentos -, e outros fatores, tornam difícil a estrada do retorno. A cidadania merece ser tratada não somente como processo burocrático, mas como um trajeto pessoal de busca da própria identidade étnica e cultural.

Uma das melhores fontes de informação é a família, ela é a base da tradição italiana. Peça, em primeiro lugar, o auxílio dos parentes mais idosos e também contate os ramos afastados da família. Nestes contatos poderá descobrir se alguém já pesquisou ou se existem documentos guardados – é possível ter passaportes, certidões, santinhos de velório, cartas e outros.

Aos idosos, peça-lhes que contem histórias de família, antigos hábitos alimentares e culturais, devoções religiosas, referências a localidades ou acidentes geográficos. Tudo isto poderá ajudar a reconstruir sua história.

Lembre que, se algum parente já tiver feito o processo de cidadania, você encurta o seu processo, usando como base os antepassados comuns que já tiverem tido os documentos entregues no consulado.

Quando conversar com a família, tente montar de forma simples a árvore genealógica. Para fazê-lo pergunte o nome completo, filiação, local e data de nascimento, casamento e óbito de cada um dos que compõem sua linha de descendência. Estes dados servirão de base para buscar informações em Cartórios e Igrejas brasileiros e italianos.

Sugiro organizar estes dados e iniciar nosso percurso nos cartórios e igrejas do Brasil e da Itália.

Para cada antepassado monte uma ficha com o que conseguir dos seguintes dados:

· nome completo e todas as possíveis variações de grafia e tradução.

· data de nascimento ou ano aproximado, que você pode obter calculando pela idade que ele tinha em outras certidões.

· local de nascimento ou, se não souber exatamente, os prováveis locais.

· nacionalidade.

· nome do pai e todas as possíveis variações de grafia e tradução.

· nome da mãe e todas as possíveis variações de grafia e tradução.

· nome da esposa e todas as possíveis variações de grafia e tradução.

· data de casamento ou, se não souber, tente descobrir o ano de nascimento do primeiro filho e calcule um ano antes – na época em que não havia televisão é uma conta quase certa, acredite.

· local de casamento ou, se não souber exatamente, os prováveis locais.

· data de óbito ou, se não souber exatamente, tente perguntar aos seus parentes mais velhos que idade eles tinham quando o sujeito morreu e que época do ano era, então a partir desta informação calcule a data aproximada.

· local de óbito ou, se não souber exatamente, os prováveis locais.

· observações: todos os dados que você considerar interessantes.

Parentesco

Nome

Data/local Nascimento

Data/local Casamento

Data/local Óbito

CONJUGE

OBSERVAÇÕES

TRISAVÔ







BISAVÔ







AVÔ







GENITOR







REQUERENTE







FILHOS







Com as informações organizadas, pode-se, então, contatar os cartórios e igrejas do Brasil e Itália.